Prender-me ao que é livre é estar presa ao vento , me limitar a inconstância, insegurança...
Uma prisão aberta, liberta de paredes...
É ver e ter uma movimentação muitas vezes indesejada...
Uma circulação visivelmente invisível.
Busco então a liberdade presa ao tempo ...
Ela depende dele..
Passo a iludir-me, me esperançar com gestos únicos constantemente repetidos, exclusivamente obtidos e carinhosamente atendidos.
Ver que um olhar, o toque se distanciam como a brisa que simplesmente passou, deixando apenas a sensação de que existiu, marcando sua presença ausentemente..
Sem grades, sem paredes com insegura liberdade
Tento me agarrar ao concreto, mas já fui sentenciada, fui condenada a viver presa ao abstrato...